terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Intítulo

Eu vi tudo que você queria projetado na parede
Te vi correr de uma luz que o perseguia
Cantamos juntos repetidas vezes o que nada tinha a ver conosco
Preto e branco virou modinha agora, nem seria o certo mesmo,
talvez envelhecido seja mais próprio.
Bife acebolado me faz lembrar de você
Não da pra digerir você e seus assuntos
É tudo como plástico
Todas suas visões malucas de remédio
Todos os seus diálogos e monólogos desesperados e imaginários
E parece que só pra afirmar você vem e me pede leite quente.
Pra falar a verdade eu não sei se sinto falta
Daquelas tardes em que ficávamos um ao lado do outro
Mudos no sofá. Mas só dessas tardes.
Um amontoado de frases genéricasGostaria de ficar comovida com as flores do campo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Está tocando uma musica de doentes.Dois doentes.
Lá eles juraram não se deixarem. Quanta bobagem!
Quantas mentiras, e nenhuma delas faz mais diferença,
por pouco pareceram tão reais, quentes e aconchegantes.
Do tamanho exato da felicidade
aquela que coube entre nossos braços, dentro de abraços.
Um barco em frente a uma fogueira,
nunca estivemos dentro daquele barquinho que alguem sem saber nos fez.
Preferimos entrar na brasa da fogueira e mentir mais uma vez
e tudo é embalado com musica: grunge de soja.
Um dia eu te achei grande
...assim que o conheci
então caí dentro de ti e parei
agora que saí pro mundo
cresci tanto que nem acredito
ter me fascinado com a pessoa
pequena que então vejo ser voce.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Vó Olivia

Talvez ela só queira se afogar,
Matar seus olhos desgraçados.
Encurralar em copos sua abstinência.
Copia escarrada de Merópe,
Não é um vestido de domingo que vai mudar as coisas
Nem se conhece, entre gemidos e suspiros
não sabe nem pensar em qual por que se fazer primeiro.
Encontrou-se com um sentimento sem nome.
Uma constelação mentirosa, um caixeiro viajante mentiroso,
uma ponte de mentiras, uma construção de mentiras
que com outra se desfez
Silencio por favor, este é um momento de morte.
Figura infernal que conseguiu invadir e impregnar as coisas
Enoja te sentir na garganta e basta lembrar pra isso acontecer.
Desprezo e indiferença em litros de vomito é tudo que tenho pra ti.
Nunca te amarei como a um irmão
Nada do que passou te faz digno desse tipo de carinho
Se muito, daqui um bom tempo, quando conseguir lembrar
sem a menor sombra de duvidas quem sou,
Me jogo no teu colo novamente pra pegar meu coração
que ficou em tuas mãos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Doi tanto ao mesmo tempo que é indiferente
[Aquela primeira luz que aparece no céu ao anoitecer]
Não acredito mais em caixeiros viajantes
Toda aquela mentira dos pedidos é proporcional
ao tamanho de suas caudas
Ninguem mais vai me machucar.
Meu coração ficou com voce.
Ninhuma mentira mais vai contar, só as tuas eram importantes.