quarta-feira, 7 de maio de 2008

Eu declaro

Não se atreva a ir embora e me deixar aqui sozinha, esse papel é meu.
Retórica pauta escrita por coisas obvias da vida que nunca muda. Segredos de mim pra minha outra.
Eu me vejo sozinha, te vejo caminhando de costas, mas sem drama e combinamos da seguinte forma então: nada de trocar celulares, nada de desfiar a vida no ouvido do outro, nada de falar do cachorro, nada disso, nos encontraremos propositalmente ao acaso nos bares, na saída do teatro, na rua do trabalho...
Haverá um dia no meio da semana em que eu vou chegar de noite em casa, colocar água pra ferver enquanto troco de roupa, farei uma sopa e mais tarde vou sentar pra comer, vou olhar pro nada, vou levantar e colocar um casaco, sair e trancar a porta.
Pouco tempo depois vou bater na tua porta, entrar sem pedir e nós vamos nos amar olhando um no olho do outro aí entao levanto, te dou boa noite e volto pra casa tomar um banho e dormir. Um mundo meu e outro teu e ao menos o meu está fora de lugar.
Eu já sei como funciona. Injeção de poesia na despedida no aeroporto.
Diz que não é pra mim que eu finjo não ser pra você. Quer saber? Diz qualquer coisa porque independente do que for, é pra você sim.

2 comentários:

Kika Hamaoui disse...

Isso daria uma boa música!
beijos, Ju! :]

Adrielly Soares disse...

nossa eu adorei,
adoro pessoas infependente.
a gente sempre gosta do que naão pode ser, ou fazer, ou ter.
x)