quinta-feira, 26 de junho de 2008

As aventuras

Como naqueles flash pós bebedeira em que tudo vira cena congelada. Ela abriu os olhos e estava um lugar estranho com uma amiga, na boca da noite em um frio congelante combinando o horário da aula de natação daquela noite. Mais do que os horários, também estavam escolhendo o lugar. Mais um flash e as duas já estavam a caminho, uma esperando que a outra soubesse o rumo porque até o destino já havia fugido da cabeça.
Chegando lá essa esquecida não entendeu nada porque era uma construção com aspecto de abandonada onde tudo mais parecia uma quadra coberta com uma ‘laje’, obviamente não havia paredes, apenas colunas que sustentavam o teto e uma estreita escada enferrujada que dava acesso à parte de cima da quadra que incrivelmente tinha uma piscina!
Assim que subiram, o lugar mudou e não havia mais piscina nenhuma.
Detalhe que a vizinhança era composta por terrenos cobertos de mato e uma única casa, frente a onde elas estavam. Visto que o frio era insuportável e o vento piorava a sensação minuto a minuto, as duas se viraram para descer e seguir pra casa.
Surpresa: A quadra também já não era mais quadra!
Daí pra frente começa o medo. Uma casa pequena fechada, com vitrôs cadeados e portas trancadas, nenhum móvel, nenhuma lâmpada, só mato ao redor delas e a vontade desesperada de sair dali. Sem dizer uma palavra, as duas se olharam e decidiram sair correndo dali quebrando uma janela.
No famoso ‘três’, pula na frente de uma delas um moço moreno rindo do pavor das duas, não bastasse esse comportamento, ele começa agarra-la claramente com o intuito de abusar sexualmente da guria, guria que não temia por si, via sua amiga chorando desesperada parada e berrava sem parar pra ela quebrar o vidro e sair logo dali o mais rápido possível. Notando que a amiga havia conseguido quebrar o vidro e sair dali, parou enfim pra se concentrar no guri que estava a forçando e viu que era um guri lindo! Com toda calma do mundo que brotou sabe-se lá de onde, ela diz que ele não precisa usar força pra nada e se afasta de leve olhando fixamente nos olhos dele.
A casa que não tinha móvel algum agora tinha uma mesa de madeira com dois bancos compridos e baixos, um de cada lado.
Outro flash e eles estavam então sentados em um dos bancos. O garoto dizia que não poderia emprestar seu celular pra guria tranqüilizar a amiga, pois ele não tinha créditos disponíveis e saiu calmamente dizendo que iria até em casa ( a casa da frente ) buscar algum ‘não sei o que’.
E impaciente a guria me esperava acordar pra não precisar esperar o guri porque ele não voltaria pra come-la.
E essa guria do sonho era eu!
Moral da estória: Nem pra ser vítima de abuso sexual eu sirvo.