segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Conflito na Faixa de Gaza

O Conflito na Faixa de Gaza de 2008-2009 refere-se a uma grande operação militar israelense, denominada no Brasil "Operação Chumbo Grosso", empreendida pelas Forças de Defesa de Israel a partir do dia 27 de dezembro de 2008. Inicialmente, a operação consistiu em ataques aéreos contra alvos palestinos na Faixa de Gaza

[Faixa de Gaza é um território estreitinho do Oriente Médio ao leste de Israel e ao Sul do Egito. Atualmente a Faixa de Gaza não é reconhecida internacionalmente como pertencente a um país soberano. O espaço aéreo e o acesso marítimo à Faixa de Gaza são atualmente controlados pelo estado de Israel, e a jurisdição é por sua vez exercida pela Autoridade Nacional Palestiniana. Com o fim do Império Otomano em 1917, o território que é hoje conhecido como Faixa de Gaza foi concedido à Grã-Bretanha pela Sociedade das Nações sob a forma de mandato sobre a Palestina.
SIMPLIFICANDO: Acabada a 2º guerra mundial a Palestina (País) foi dividida entre árabes e israelenses ( a Cisjordania e o Estado de Israel ) mas a bendita faixa de gaza não é porra nenhuma, é 'só' a faixa de gaza que tem árabes e colonos israelenses.]


Na noite do dia 3 de janeiro, teve início a ofensiva por terra, com tropas e tanques israelenses entrando no território palestino.
Foi o primeiro grande ataque israelense, desde o fim do cessar-fogo acordado em 19 de dezembro de 2008, entre o governo de Israel e representantes do Hamas, partido político majoritário no Conselho Legislativo da Palestina. É também a mais sangrenta operação militar contra os palestinos, desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

[Hamas é um grupo político-religioso e militar (sunita) palestiniano, autor de repetidos actos terroristas contra Israel.
A origem do Hamas está ligada à luta pela formação do Estado Palestiniano, e pela desocupação dos territórios palestinianos ocupados por Israel, durante a Guerra dos Seis Dias. Criado em 1987, na cidade de Gaza, o Hamas preconiza a luta contra Israel, por todos os meios, visando à libertação da Palestina e a formação de um estado independente palestiniano "... desde o Rio Jordão até o mar". Sua carta de princípios, redigida em 1988, preconiza o estabelecimento de um estado muçulmano na Palestina mas, segundo seu dirigente, Khalid Meshal, a carta não prega de modo algum a destruição de Israel. Em árabe, está escrito para colocar um fim na ocupação israelitas da Palestina. "Não queremos nos livrar do outro. Desejamos apenas obter nossos direitos."
De um lado, o Hamas figura na lista de organizações terroristas do Conselho da União Europeia, do Canadá, do Japão, dos EUA e de Israel; os ataques de seu braço armado - as brigadas Izz ad-Din al-Qassam - visam tanto alvos militares como alvos civis israelitas.
Por outro lado, o movimento criou uma vasta rede de assistência social na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e, em 25 de Janeiro de 2006, venceu as eleições para o parlamento Palestino, derrotando o Fatah. Após a contagem final, em 28 de Janeiro de 2006, conquistou 74 das 132 cadeiras do parlamento, não precisando, portanto, formar coligações.
O partido liderou dois governos sucessivos da Autoridade Palestiniana. Seus representantes têm afirmado o interesse em resolver as divergências com o Fatah, e têm buscado o reconhecimento internacional da organização, como interlocutor qualificado e legítimo representante dos interesses do povo palestino, embora até então não reconheça o Estado de Israel.
Em Dezembro de 2008 teve sua rede de assistência social e educacional na Faixa de Gaza destruída por Israel, após acção militar em resposta aos mísseis que a membros da organização lançam diariamente sobre a fronteira, em direcção ao território israelita.]

Nos primeiros cinco dias, os ataques deixaram - segundo fontes médicas palestinas - mais de 380 palestinos mortos e mais de 1.700 feridos, além de vários edifícios destruídos. Segundo a ONU, entre 300 vítimas dos bombardeios, ao menos 57 eram civis - 21 delas crianças. Em resposta, militantes palestinos em Gaza responderam com o lançamento de foguetes Qassam em direção ao sul do território israelense, fazendo quatro vítimas, além de duas dezenas de feridos, de acordo com fontes israelenses.
A operação teve por pretexto oficial evitar ataques de foguetes Qassam (artefatos de fabricação caseira, não guiados, que dificilmente atingem seus alvos), lançados freqüentemente por militantes palestinos em direção ao sul de Israel. Na maior parte das vezes, os foguetes não fazem vítimas devido à precariedade do artefato, embora a intenção dos militantes seja supostamente a de atingir alvos humanos. Mas, independentemente dos motivos alegados por Israel para o ataque, vários integrantes do governo israelense têm reafirmado o objetivo de enfraquecer o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.
A proximidade das eleições israelenses - marcadas para 10 de fevereiro de 2009 - também não pode ser subestimada, como um dos fatores que influenciaram a decisão de lançar um ataque devastador contra os palestinos. A atual coalizão de governo, liderada pelo partido Kadima (da ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni), e pelo Partido Trabalhista (do ministro da Defesa Ehud Barak), vinha sendo ameaçada pela ascensão nas pesquisas do ex-premiê Benyamin Netanyahu, do Likud. Netanyahu e seus potenciais aliados da extrema direita pregavam uma reação dura contra os lançamentos de foguetes de Gaza.
Tzipi Livni afirmou que o objetivo de Israel é a derrubada do Hamas e prometeu que isso será feito caso seja eleita para o cargo de premiê. Netanyahu, o outro candidato favorito na disputa, adotou o mesmo discurso da chanceler e vem pedindo, desde o fim do cessar-fogo, que Israel reaja com dureza frente aos ataques do Hamas. No terceiro dia da ofensiva contra o território palestino, o vice-primeiro-ministro israelense, Haim Ramon, declarou que o objetivo da ação seria destituir o Hamas do poder.
Israel e Hamas mantêm relações tensas. O Hamas reconhece tacitamente a existência do Estado de Israel, uma vez que participou das eleições para o Parlamento Palestino, em 2006. A legislação eleitoral palestina, elaborada por Israel, exige dos partidos políticos, participantes do pleito, o reconhecimento de todos os acordos entre a Autoridade Nacional Palestina e Israel. Desta forma, ainda que em sua carta de fundação mantenha uma cláusula ambígua - que os ocidentais interpretam como hostil à existência do Estado judeu - o Hamas, na prática, reconhece a existência de Israel.
O governo israelense, por sua vez, considera o Hamas um grupo terrorista e, desde que este venceu as eleições e assumiu o poder, impôs o bloqueio à Faixa de Gaza. Portanto, desde junho de 2007, a fronteira com Israel permanece fechada e o território palestino está isolado. Nesses 18 meses, a economia e as condições de vida se deterioraramm gravemente, com falta de água, energia, alimentos, combustíveis e remédios.
A liderança do Hamas responsabiliza Israel pela crise humanitária em Gaza, dado que o governo israelense não cumpriu a sua parte no acordo de cessar-fogo e manteve o bloqueio econômico a Gaza.
Autoridades israelenses, entretanto, defendem o bloqueio, como forma de isolar o Hamas e de impedir que militantes palestinos disparem foguetes contra cidades israelenses na fronteira. Tal estratégia, entretanto, revelou-se ineficaz pois, a partir de 19 de dezembro, quando expirou o cessar-fogo acordado em junho de 2008, centenas de foguetes palestinos caíram no sul de Israel, sendo a cidade de Sderot uma das mais atingidas.




Se importa minha opinião, concordo com a seguinte declaração do velhinho supimpa:

"...sou apaixonadamente um pacifista e minha maneira de ver não é diferente diante da mortandade em tempo de paz. Já que as nações não se resolvem a suprimir a guerra por uma ação conjunta, já que não superam os conflitos por uma arbitragem pacífica e não baseiam seu direito sobre a lei, elas se vêem inexoravelmente obrigadas a preparar a guerra. Participando da corrida geral dos armamentos e não querendo perder, concebem e executam os planos mais detestáveis. Precipitam-se para a guerra. Mas hoje, a guerra se chama o aniquilamento da humanidade. Protestar hoje contra os armamentos não quer dizer nada e não muda nada. Só a supressão definitiva do risco universal da guerra dá sentido e oportunidade à sobrevivência do mundo. Daqui em diante, eis nosso labor cotidiano e nossa inabalável decisão: lutar contra a raiz do mal e não contra os efeitos. O homem aceita lucidamente esta exigência. Que importa que seja acusado de anti-social ou de utópico? Sabendo cada homem encontrar um inesgotável heroísmo quando descobre um objetivo e um valor para sua ação..."Einstein

5 comentários:

Anônimo disse...

Nem sabia desse seu blog! Voltarei aqui outras vezes. Tô arrumando o meu com os blogs q costumo ler, daí fica mais fácil. ;)

Bjos!

Anônimo disse...

GOSTARIA DE SABER PORQUE A GUERRA NO TERRITORIO DE GAZA.

SE É PROBLEMA POLITICO, PORQUE AS AUTORIDADES NÃO ACERTAM ENTRE ELES.

PORQUE ENVIAR SOLDADOS INOCENTES PARA MATAR SOLDADOS INCENTES E CIVIS.
VÃO SE AUTO DESTRUINDO E OUTROS PAISES TENDO QUE AJUDÁ-LOS

Anônimo disse...

DEUS escolheu israel, mas Israel não escolheu DEUS, crucuficou JESUS. Os judeus precisam voltar-se para JESUS se quiserem paz.

Pois a paz É só com JESUS.

Mas os Judeus sentem -se orgulhosos e não creem em JESUS, CONCLUSÃO VÃO CONTINUAREM A SOFRER ATÉ JESUS VOLTAR.

Anônimo disse...

Não adianta. O homem está fadado à auto-destruição. Seja pelo egoísmo, pelo fanatismo ou pelo seu desejo incontrolável de obter poder.

Bruno M. disse...

Juh, consegui escrever alguma coisa, embora pobre!!!