segunda-feira, 26 de maio de 2008

Espaços

Vamos falar sobre as estrelas
e sobre as pessoas que esquecemos,
das risadas que não ouvimos
quando se perde na escuridão dos dias.
Vamos lamentar a lágrima cortante
porque o tempo precisa esperar,
as crianças precisam crescer e aprender a mentir
porque o tempo precisa ensinar
envelhecer e se tornar antiquado.
Vamos falar sobre o passado
aquele que ainda espera ser pintado.
Achar na vida uma fração de sorriso
em meio aos momentos de febre delirante.
Vamos comparar nossas alegrias
e escraviza-la na casa dos inquisidores.
O preço do céu é caro
e a escada é grande de mais para poucos joelhos.
Somos tão fracos ainda,
nossos dentes são de leite, brancos como as nuvens.
É melhor não pensar nas estrelas,
elas nos mostram caminhos enganosos,
nos levam a esquecer as pessoas.


Bruno Metzner
Juliana de Sene
13-04-06

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